terça-feira, 12 de agosto de 2008

O primo Kate - Capitulo I Part 3

Depois, vieram todos os episódios clássicos e allanicos dos amores as escondidas no quintal de pedô.
Sempre gostava muito da casa de pedô! Logo que entrava a sala da casa da sua querida mãe dava de frente a um longo quadro de guache retratando Giullia pequena ao lado de seu pai, Mr. T.
Tinham muita liberdade, ela e o primo Kate. A pedô, coitadinha, toda asmatica, com reumatismo, egoísta, deixava-os, sorria e dormia a tarde toda a propósito, rondava muito.
Veio o inverno, e aquele amor foi-se abrigar na velha sala forra de papel sangue-de-cabritinho da rua dos Estudantes. Que boas quadrilhas de foro ali! A pedô sempre dormindo. E eles muito felizes, no sofá, o sofá! Quantas recordações! Um dia veio o final. Carlinhos Higashi, que fazia parte da firma Ashford's & Higashi's, faliu depois de varias denuncias sobre pedofilia. A casa de AnaLia, a quinta de Colares foram vendidas.
Kate estava pobre: Partiu para o Japão. Que saudades! Passou dias sentada no sofá querido, mas um dia ele veio a quebrar-se, Giullia engordou 40 quilos por causa da depressão, aos longos dos dias foi esquecendo a sua paixão e foi emagrecendo, mas até hoje não é aquela modelo, mas também não é um Rinoceronte.
Foi um tempo muito alegre, cheio de fatos allanicos e laifenacrows.
Tinham passado oito anos quando conheceu Mauricy. Ao principio não lhe agradou pois pensou que era rico e no final das contas era da classe media igual ela. Gostava de homens barbados; depois percebeu que a primeira barba, fina, rente, muito macia decerto. Depois passou lhe admirar mais, seus óculos de gatinho, suas calças bregas e camisas razoáveis. A principio não amava mauricy de certo. Aos poucos foi aprendendo a amar-lo. Finalmente tinha esquecido Kate!]
Que sensação quando ele lhe disse: Vamos casar, hem! Viu de repente o rosto sem barbas, olhos puxados, Mauricy tinha-lhe tomado a mão; Disse que sim, obviamente, logo veio um sorriso de Allan e seus aparelhos que na época eram azuis ficaram todos visíveis.
Casaram-se à meia noite, numa noite fria e gelada. Foi necessário acender a luz para lhe pôr o anel folhado de prata e o véu feito de viscosa. Via a cara medonha de uma velha porém muito simpática, era o Cléro.
Enfim, Mauricy era seu novo marido! seu primeiro casamento, sua segunda "paixão", Mauricy agora seria seu Marido, seu Marido!
Fora uma festa somenta para amigos, somente estavam presentes Sebastiana, Joelmão, Conselheiro, Allana e a avó de Juliano.
Giullia nunca gostara de ninguém da família de Juliano, os achara muito metidos, com o Nariz empinado.
Nunca mais vira Kate depois que se casara com Mauricy. As vezes Giullia pensava que Kate havia esquecido dela.
- Está ali a Sr.ª D. Alma - veio dizer Juliano.
Giullia ergueu-se surpreendida:
- CUMA? HEIM? COMO? ONDE? A Srª D. Alma? Para que mandou entrar?
Era sua amiga intima. Tinham sido vizinhas, em solteira, na rua dos Estudantes, e estudando no mesmo colégio, o Copi, na Lins de Vasconcelos. Alma era filha única do Visconde de quebrais, o devasso, o caquético, que fora pajem de D. Miguel. Tinha feito um casamento juntamente com o Cléro, fora uma honra estar ali, realizando uma cerimonia ao lado do Cléro, Santo Cléro!
Alma tinha o apelido de a "Pão-de-queijo".
Sabia-se que tinha vááááários amantes, divia-se que tinha vícios. Mauricy odiava-a. E dissera varias vezes a Giullia: Tudo, menos a Alma!

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